sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Reflexão

Segundo pesquisas, mulheres ganham em média 30% menos que homens, no Brasil, mesmo possuindo nível universitário. A partir desta afirmação, comecei a pensar no lado "menos lógico" e mais reflexivo desta realidade, considerando até os contos de fada. Nós mulheres, somos educadas para esperar um príncipe encantado. Eu disse "esperar" não buscar! Não basta ser um príncipe bonito... Ele precisa ser forte, destemido, além ter uma boa perspectiva de futuro... Tornar-se rei! e morar em um castelo para nos proporcionar uma vida de princesa - ou rainha! Somos estimuladas a pensar assim, até nos livros de histórias desde a mais tenra idade. Criamos uma espécie de ideal romântico do príncipe que nos cuidará e sustentará para sempre! Do outro lado, muitos homens - a maioria! - são criados para serem os príncipes e provedores, pricipalmente provedores. É assim desde os primórdios e em um tempo que nossos antepassados "machos" saíam para caçar e viviam situações de extremo risco, necessárias para garantir o sustento de seu grupo, enquanto as mulheres permaneciam em segurança nas cavernas. Pois bem, voltando para os nossos dias, os comportamentos ou conceitos não mudaram muito desde então. Muitas mulheres continuam desejando ser sustentadas por homens e se trabalham, querem que, no mínimo, eles ganhem mais que elas, pois este é o padrão. Eles também através de status e do poder que o dinheiro traz, fazem questão de manter sua posição de machos dominantes. Vivemos sob padrões sociais e qualquer movimento de mudança destes gera um desconforto, tanto para quem inicia o movimento, como para quem é resistente à ele por vários motivos - inclusive o fato de não terem a consciência de que repetem comportamentos que consideram verdadeiros, pois "sempre foi assim". É claro que existem aquelas mulheres que "bancam" sozinhas suas casas e famílias, porém e intimamente, gostariam de ter seu príncipe salvador batendo em suas portas. Pensando desta forma, e apenas elucubrando sobre o assunto, será que as mulheres continuam nesta posição menos privilegiada em termos salariais, pelo inconsciente (ou consciente) coletivo que aprova e acha natural o estereótipo da "fêmea frágil" que precisa ser cuidada e sustentada pelo sexo forte? Será que isso explicaria ainda o fato das empresas, quando estão diante da possibilidade de uma promoção entre duas pessoas de sexos diferentes, optarem por quem, via de regra, sustenta e por este motivo se entrega mais, mergulha fundo e está sempre pronto para a batalha? Não sei. Mas... Pensei nisso.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Essência

Pessoas buscam a felicidade. Algumas buscam da forma correta, outras nem tanto... Você deve estar se perguntando, existe uma “verdade absoluta” ou método correto para se buscar a felicidade, ou ainda, que visão crítica o bastante nos concederia tal propriedade para definir qual a forma correta para buscar a “felicidade”? Cada pessoa tem necessidades e pontos de vista diferentes, de acordo com suas expectativas e a partir de suas experiências pessoais boas e ruins ao longo da vida. Experiências únicas obtidas através do meio ou cultura em que vive e da educação recebida, entre outras coisas, mas que foram responsáveis pela construção de seu caráter e definiram seu padrão de comportamento – e pensamento. Existem poucas verdades absolutas e estas não se aplicam neste contexto. Contudo, quanto mais ampla e crítica é nossa visão, mais descobrimos que à medida que somos fiéis a nós mesmos e à nossa “essência”, mais próximos estamos da felicidade! Aí está um indício de que podemos discernir entre a forma certa e a errada de buscá-la. O erro que cometemos tantas vezes, portanto, é buscar a felicidade e realização fora de nós. Quando não ouvimos nossa voz interior e não somos fiéis à nossa essência, reproduzimos os modelos que nos parecem ideais, mas que não nos satisfazem verdadeiramente por não terem sido escolhidos e planejados por nós! Quando não estamos alinhados com a nossa essência, os caminhos parecem mais perigosos e inseguros e a cada passo surgem novos obstáculos. É certo que dificuldades e obstáculos sempre existirão, mas a diferença está no fato de parecerem muito maiores do que são na realidade, quando estamos percorrendo o caminho que não é nosso. Os padrões de comportamento e pensamento contribuem para que fiquemos presos em situações que não queremos, que não nos representa, simplesmente por elas serem familiares e “seguras”. Somos viciados em uma segurança que na verdade não existe. Mesmo assim, essa sensação "confortável" nos afasta de nosso caminho. Uma vez que iniciamos o processo de identificação do que faz parte de nossa essência e o que não faz, do que nos pertence e do que foi adquirido ou imposto por inúmeras situações, nos tornamos conscientes e donos do nosso destino. Desta forma, quando passamos a viver unicamente dentro de nossa essência, a felicidade torna-se uma consequência diária e uma conquista legítima e permanente.