segunda-feira, 11 de outubro de 2010

HEINtrelinhas?

Lembra-se sobre uso incorreto da vírgula?
Imagine aquele texto que recebemos de um amigo contando uma tragédia pessoal. Decididamente ele não sabe utilizar a vírgula deixando a interpretação por nossa conta...
Por esta falha, acabamos respondendo com “Parabéns!”.  

Pois é... Se valer a analogia, existem textos que também dão margem a mais de uma interpretação, não por erros ortográficos e gramaticais, mas pelo seu conteúdo.

Alguns escritores ao discorrer sobre um assunto analisam vários pontos e possibilidades cabendo a VOCÊ, o felizardo que recebeu um destes textos - é, VOCÊEEE! - possuir um sentido aguçado sobre o uso de “carapuças” para saber exatamente quais dos seus comportamentos estão desagradando à pessoa que te enviou...

Ficamos tentando fazer autoanálise e pensando sobre todos os traços horríveis de nossa personalidade, achando que tudo aquilo não passa de um feedback sutil.
 
Quando estamos falando de relacionamentos afetivos, então... Muitas vezes, a “pessoa de nossa vida” quando precisa sinalizar algo que está errado, envia um texto assim acreditando que através das entrelinhas evitará contendas - principalmente se o receptor da mensagem tiver um “instinto selvagem”.
 
O pior acontece quando o texto – aquele que dá margem a diversas interpretações – começa dizendo que amar – Ah... O amor! – é algo sublime! Amar é maravilhoso, e viver sem amor é como comer apenas alface sem tempero todos os dias em todas as refeições!
E termina assim, “... mas amar também atrapalha, tira o sossego e é por isso que muitas vezes queremos ficar sós, principalmente ao descobrirmos que não amamos mais”.

Com letras de músicas acontece a mesma coisa! O primeiro verso diz, “Não poderei nunca viver sem seu amor!” e o refrão, já fala em despedida!

E então ficamos com cara de, “Hein?”
Diante disso, nunca sabemos se devemos tomar uma atitude ou continuar hibernando, se devemos rir ou responder com outro texto cheio de alfinetes, se devemos continuar fazendo planos ou se ignoramos e fingimos que estamos na “prateleira”.

[Mas falar por entrelinhas não seria uma forma de realmente "deixar na prateleira"?]
Tenho a certeza, que muitas pessoas já estiveram em alguma situação de confusão mental misturada a sensação de ser um personagem do filme, “Jogos Mortais”, ao receber uma crônica cheia de indiretas.
Será esta a intenção?

Deixo claro que eu, particularmente, gosto muito de receber textos e músicas, principalmente aqueles que traduzem o amor por mim - de novo, "Ah, o amor...!"
Mas, prefiro ouvir a verdade "à queima roupa", pois só assim posso ser convencida.  
Por fim, e aproveitando a frase de um famoso e conceituado - um pouco machista - escritor:
"Quem disse que ser adulto é fácil?”

Ah! Frase de um texto recebido, "daqueles" que dão margem a diversas interpretações, deste mesmo autor, aí de cima... 


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